segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Somos Todos Crianças terá sua décima edição


Foto: Facebook - Somos Todos Crianças

Somos Todos Crianças é uma festa realizada no bairro de Salgadinho em Olinda e este ano terá sua décima edição. A comemoração que iniciou a partir de uma conversa entre dois amigos saiu da imaginação e hoje conta com a colaboração dos moradores e comerciantes do bairro.
Cada um ajuda como pode, desde arrecadação de brinquedos novos e usados, venda de rifas ou com a prestação de algum serviço durante a festividade. A brincadeira que não tem nenhum fim lucrativo, começou com uma simples entrega de lanches às crianças do bairro como contou Marcos Bonifácio um dos fundadores do evento, e agora recebe visitantes de várias localidades da cidade, todos dispostos a passar uma tarde divertida e contagiante. Além da entrega de brinquedos as crianças recebem lanches, brincam com palhaços, pula pula entre outros. Esse ano a festa acontecerá no dia 10 de dezembro na rua Isabel Burgos Vieira Ferreira no bairro de Salgadinho. Somos Todos Crianças acontece sempre ao final do ano entre os meses de outubro e dezembro e leva alegria e esperança as crianças e moradores da comunidade. Para saber mais ouça abaixo a entrevista com Marcos Bonifácio um dos fundadores da festa:

Podcast sobre neutralidade

Xico Sá e as sandálias da humildade

Foto: Laryssa Bonifácio

O jornalista, escritor e cronista Xico Sá se reuniu com admiradores na noite do dia 21 de Setembro no Centro de Convenções de Pernambuco em Olinda durante a Fenelivro para o lançamento de seu novo livro de crônicas “A Pátria em Sandálias da Humildade”.

Em uma conversa descontraída Xico comentou a respeito de sua trajetória profissional, seu processo criativo e como ele vê o futebol no Brasil atualmente. Naturalmente tímido, começou sua carreira no jornalismo como repórter de futebol no Recife, enfrentou a timidez por questões profissionais e há 18 anos atua na televisão além de contribuir semanalmente para a edição brasileira do jornal El Pais.

O título de seu novo livro faz referência a “Pátria e Chuteiras” de Nelson Rodrigues, uma ironia em relação ao patriotismo do original e o clima negativo em que está o país no momento. “Essa minha crônica ligada ao futebol, ligada aos esportes em geral ela não existiria se eu não fosse um grande leitor e um escritor devoto da obra de Nelson Rodrigues” declarou o autor.

Para Xico o futebol é um recurso simbólico que possibilita discutir sobre assuntos ligados ao país, “Eu escrevi um livro sobre um país onde o futebol tem uma dimensão sem tamanho” afirmou.
Diferente do início de sua carreira e apesar de o lirismo ainda existir, ele sente falta de uma época onde torcidas adversárias conviviam no que chamou de utopia, distante da violência crescente nos estádios.

Essa violência leva às arquibancadas torcedores diferentes em um contexto elitista como acontece nas arenas. As vezes sem torcida rival no estádio os jogadores perdem o combustível da pressão natural do torcedor adversário que cria ritmo de jogo e proporciona lances e acontecimentos dignos de uma crônica.

O futebol contempla o que ele chama de “drama humano” e deu como exemplo a trajetória do Santa Cruz e seu retorno a elite do futebol depois de cair para a série D, com uma torcida cada vez mais presente e apaixonada pelo time. As lágrimas, o comportamento do torcedor seja ele ético ou não abarca características humanas que vão além de uma jogada e se tornam gancho para a produção desses textos. Ir além do que acontece taticamente durante uma partida, é sobre essas nuances que ele gosta de escrever, o que está por trás de um simples toque na bola. E é dentro desse universo que Xico Sá nos mergulha em um futebol dramático, real, por vezes duvidoso, humano, tipicamente brasileiro.

domingo, 8 de outubro de 2017

Atropelamento no Triangulo Mineiro

Foto: Edu Silva/Futura Press/Estadão Conteúdo
Um grupo de 16 pessoas foi atropelado na noite de anteontem na estrada que liga o centro de Araxá e o Grande Hotel Barreiro no triangulo mineiro. Entre as vítimas, todas testemunhas de jeová, estavam as irmãs Jocilene e Julia Ferreira de nove meses e quatro anos e a prima delas Carolina Cândico de três anos que morreram no local. Segundo testemunhas o veículo, uma Brasília bege placa KZ-9654 foi jogado na direção do grupo que caminhava no acostamento às 23h 35 enquanto voltavam de um culto. O motorista fugiu sem prestar socorro as vítimas. Os sobreviventes foram levados pela polícia a hospitais da cidade e permanecem internados, as crianças na Santa Casa e os adultos no Hospital Dom Bosco. O veículo foi localizado em Tapira na manhã seguinte mas o motorista continua desaparecido.